sexta-feira, 10 de maio de 2013

Curvelo

No último sábado (4), durante o Curvelo Motoshow, evento que reuniu cerca de 30 mil pessoas na Praça Central do Brasil, em Curvelo, Minas Gerais, foram reveladas as primeiras imagens do projeto do Autódromo Internacional de Curvelo – Cidade Motor. O projeto prevê a construção de um autódromo atendendo aos rigorosos padrões de segurança da FIM (Federação Internacional de Motociclismo) em uma área de 2.750.000 m2.

O projeto, elaborado pelo arquiteto Humberto Anastásia, é de um circuito com 16 metros de largura e com a possibilidade de uma grande variação de traçados. Além disso, o circuito contará com uma reta de 1.300 metros. As instalações ainda contam com uma pista de motocross, um kartódromo, campo de futebol, piscina e alojamentos. Também há a previsão para a instalação de um condomínio residencial, hotéis, comércio e indústrias, que terão incentivos fiscais oferecidos pelos governos municipal e estadual.

Meta é entregar circuito em 2015 (Foto: Divulgação/ Y.Sport)
 O empresário Flávio Bergmann, presidente do Brasil Esporte Motor Clube – BEMC, entidade que vai gerir o autódromo, esteve recentemente com Aldo Rebelo, Ministro dos Esportes, para apresentar o projeto e pedir apoio do governo para viabilizar a volta da MotoGP ao país. O objetivo é que o governo pague parte dos R$ 20 milhões necessários para os direitos de realização da categoria.

De acordo com um comunicado divulgado pelos envolvidos com o projeto de Curvelo, empresas de República Tcheca, França, Alemanha, Itália e Brasil demonstraram interesse em integrar o consórcio administrador do circuito. A entrega do autódromo está prevista para 2015, mas algumas pistas secundárias podem ser entregues ainda este ano.

Pista terá 16 metros de largura (Foto: Divulgação/ Y.Sport)
Vale lembrar que Emerson Fittipaldi negocia com a Dorna, a promotora do Mundial de Motovelocidade, o retorno da MotoGP ao país. Recentemente, durante uma entrevista coletiva realizada em São Paulo com a presença de Eric Granado e Jorge Martínez Aspar, o ex-piloto de F1 afirmou que a única pendência para a volta da MotoGP é a existência de um circuito em condições de receber as motos.

“A maior dificuldade técnica que a gente tem é autódromo”, apontou. “Há uns sete, oito meses, esteve aqui o inspetor da MotoGP, o Claude Denis, que faz todos os circuitos do mundo. Nós inclusive estivemos em Interlagos, tentamos fazer na contramão, ver como daria para tentar adaptar Interlagos e não conseguimos uma solução de segurança”, continuou.

“A MotoGP exige muito, pela própria característica, uma segurança muito maior do que F1. Então a dificuldade nossa é um autódromo”, reforçou. “Nós estamos trabalhando em cima de um autódromo. O primeiro autódromo que tiver possibilidade, a vontade nossa é trazer a MotoGP imediatamente.”

Projeto também conta com área para comércio e indústria (Foto: Divulgação/ Y.Sport)
Questionado especificamente sobre o autódromo de Curvelo, Emerson afirmou desconhecer o projeto. “Eu não estou sabendo desse projeto. Acho que tem um projeto no Rio de Janeiro, de um autódromo novo, e é uma chance também porque provavelmente fazendo um autódromo novo, vão fazer com a característica para MotoGP”, ponderou.

“Qualquer autódromo novo que for feito no Brasil, obviamente vai ser feito FIA e MotoGP, os dois juntos. Então a chance nossa é o primeiro que aparecer”, comentou. “A reforma de Brasília também, porque acho que Brasília hoje em dia é o que está mais perto de acontecer. Dá para fazer uma área de escape grande em Brasília”, lembrou.

“Dois anos atrás eu fiz uma inspeção lá junto com o Nelson Piquet. Nós estivemos lá também junto com o pessoal da MotoGP para ver. Brasília também é um grande candidato.”

Interlagos, entretanto, foi descartado, pela necessidade de uma obra de grandes proporções para atender as exigência da FIM. “Interlagos, pela característica, a subia dos boxes, toda aquela parte ali, não tem área de escape, é muito complicado”, indicou. “A não ser que seja feita uma reforma muito grande, mas hoje em dia é praticamente impossível fazer. O novo paddock, o novo box serão na reta oposta, mas não vai mexer muito na segurança, que para a F1 está excelente”, concluiu.

O autódromo de Brasília passou por pequenos reparos recentemente e o governo afirma que fará uma obra grande no próximo ano. Do lado da Dorna, a empresa espanhola não esconde o interesse de voltar ao país, especialmente por conta do bom momento econômico nacional.

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