quinta-feira, 18 de julho de 2013

Fim da linha

A passagem de Nicky Hayden pela Ducati chegará ao fim nesta temporada. Depois de cinco anos juntos, o norte-americano foi comunicado pela fábrica de Borgo Panigale que ele não faz mais parte dos planos do time e agora busca outras opções para seguir ativo.

A notícia do rompimento entre o campeão de 2006 e a escuderia italiana havia se espalhado no início da semana, mas a confirmação só veio nesta quinta-feira (18), quando Nicky admitiu que já recebeu o aviso da Ducati.

“Não é um momento fácil, mas eu não vou seguir com a Ducati na MotoGP”, confirmou. “Eles decidiram seguir um caminho diferente”, continuou o piloto, durante uma coletiva de imprensa em Laguna Seca.

Ao contrário de Dovizioso, Hayden não seguirá na Ducati em 2014 (Foto: Ducati)
Hayden, que já tinha admitido ter algumas propostas para seguir para o Mundial de Superbike, afirmou que ainda não sabe qual será futuro, mas reconheceu que as chances de conseguir um equipamento competitivo na MotoGP são remotas.

“Para honesto, realmente não sei qual será o meu futuro. Eu tenho algumas coisas na mesa e algumas coisas interessantes, mas na MotoGP não parece tão bom”, falou. “Eu tenho algumas opções que são interessantes, eu amo correr de moto e ainda acho que tenho muito para dar. Vou tentar encontrar uma nova casa e ver o que acontece.”

“Não é a situação perfeita, mas é o que é e eu tenho de me levantar e trabalhar. Meu coração está na MotoGP, mas não quero ficar aqui em uma moto para tentar somar pontos aqui e ali. Preciso olhar para todas as opções, ver qual me anima mais e qual parece mais divertida”, considerou. “Não estou certo de que a Repsol vai bater na minha porta hoje por um daqueles lugares. Não tem muitas vagas na MotoGP e isso é duro. Tem apenas 12 motos oficiais e a maioria delas já tem dono. Não é uma situação ideal, mas os resultados não foram o que nós esperávamos e ninguém gosta de ser sacado, mas foi isso que aconteceu”, resumiu.

Cal Crutchlow é apontado como favorito para assumir a vaga de Nicky. Atualmente na Tech3, o britânico quer estreitar seus laços com a Yamaha e mira, principalmente, ter equipamento de fábrica. A casa de Iwata, entretanto, já lhe avisou que não tem como garantir uma vaga para ele na equipe oficial em 2015. Valentino Rossi e Jorge Lorenzo têm contratos até 2014, mas o time nipônico já avisou que se os dois quiserem seguir, seus lugares estão garantidos.

Além de Crutchlow, alguns rumores dão conta de uma promoção de Andrea Iannone para o time principal, além das especulações em torno do nome de Scott Redding. A situação do piloto da Marc VDS, entretanto, parece pender para outros caminhos: subir com o próprio time belga ou assumir uma vaga na Gresini com uma versão de produção da RC213V.

Para Hayden a situação não parece muito boa. Pessoalmente, não acho muito justo que o norte-americano seja sacado do time. É claro que os resultados esperados não vieram, mas já está mais do que provado que a Ducati não tem um problema de pilotos. O problema em Borgo Panigale é outro.

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