quinta-feira, 25 de julho de 2013

Incompleta, né...

Quando Dani Pedrosa caiu em Sachsenring, os primeiros exames feitos na clavícula esquerda do espanhol indicavam uma fratura incompleta. Barrado pelos médicos para o GP da Alemanha, o piloto da Honda só foi para a pista no último domingo (21) e completou a prova em Laguna Seca na quinta colocação, 9s257 atrás de Marc Márquez, o vencedor do GP dos Estados Unidos.

De volta à Espanha, Pedrosa foi fazer novos exames com o Dr. Xavier Mir e descobriu que, na verdade, sua clavícula estava efetivamente quebrada.

“Depois de todo este esforço [da corrida], era importante saber como estava o osso, então na terça-feira eu fiz uma tomografia tridimensional que confirmou algo que não apareceu nos primeiros raios-x, por causa do inchaço e porque, às vezes, tem fraturas que te dão uma visão restrita no raio-x”, explicou o piloto em seu blog. “Com essa tomografia 3D uma semana depois, nós pudemos ver que a fratura é uma fratura completa”, continuou.

Pedrosa sofreu fratura completa na clavícula esquerda em acidente na Alemanha (Foto: Repsol)
O vice-líder do Mundial de MotoGP, entretanto, não vai precisar de uma cirurgia. “O importante é que a clavícula não se deslocou e ainda está bem alinhada depois de todo o esforço, então eu não preciso de uma operação”, falou. “Esta é uma boa notícia, considerando tudo, então daqui duas semanas eu vou fazer outro exame e vou combinar as férias com sessões de fisioterapia para me recuperar e chegar em Indianápolis em forma”.

Apesar da lesão e das dores que certamente sentiu em Laguna Seca, Dani não pôde recorrer a uma infiltração (procedimento no qual o medicamento é injetado direto no local da lesão) no domingo. Pedrosa explicou que não se sentiu bem com o procedimento na Alemanha, nem no sábado à noite, quando fez um teste para ver sua reação.

“Na noite de sábado, eu tentei uma infiltração na clavícula, mas não me fez nada bem, então nós decidimos contra a infiltração para o domingo”, contou. “Neste caso, a melhor ajuda que eu podia ter era uma injeção intramuscular de enantyum [um analgésico para dor de intensidade leve a moderada], que é uma injeção na nádega”, continuou.

“Quando você está na moto, a adrenalina reduz a dor, mas posso dizer que quando você termina, tudo vem ao mesmo tempo”, relatou. “Foi uma corrida atípica por conta da minha situação, mas, apesar de tudo, tive uma boa sensação e terminei em quinto, não muito atrás dos líderes.”

“O objetivo que eu tracei para mim era me aproximar o máximo possível das posições de liderança, e eu consegui isso”, destacou.

Além da sua condição, Dani também falou sobre Andrea Antonelli, que morreu após um grave acidente durante a etapa da Rússia do Mundial de Supersport.

“Gostaria de enviar minhas condolências e o máximo de força possível para a família de Antonelli”, disse. “Espero que nada assim aconteça novamente. Quando coisas assim acontecem, nós percebemos como este mundo é perigoso”, encerrou.

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