domingo, 3 de novembro de 2013

Espírito da Honda

Com os 13 pontos de vantagem de Marc Márquez na liderança do Mundial, a disputa pelo título da MotoGP deve mesmo ser uma briga de apenas dois homens. Embora tenha conseguido diminuir a diferança nas últimas três etapas, Jorge Lorenzo não terá vida fácil em Valência para defender seu título.

Campeão vigente da classe rainha do Mundial de Motovelocidade, o bicampeão sabe que precisa muito mais do que uma vitória para chegar ao tricampeonato. E nessa briga, seus antigos rivais podem ter um papel fundamental.

Curta a fanpage do High Side no Facebook

Honda não planeja lançar mão de ordens de equipe para garantir título de Márquez (Foto: Repsol)
Para bater o estreante, Lorenzo precisa vencer e torcer para o piloto da Honda não conseguir nada melhor do que um quinto posto. Assim, não basta que Dani Pedrosa e Valentino Rossi se envolvam na briga. Será preciso que alguém mais entre no jogo.

Mesmo podendo assistir Márquez perder o título, a HRC descarta lançar mão do jogo de equipe para ajudar o piloto de 20 anos. Em entrevista ao diário espanhol ‘AS’, Livio Suppo, chefe do time nipônico, disse que este tipo de manobra não faz parte do espírito da Honda.

“É preciso ser positivo, pois pensar que um novato como Márquez chegaria a Valência com 13 pontos de vantagem me parece algo incrível e só por isso ele já merece o título”, ponderou. “Jorge esteve fortíssimo no Japão e ambos são pilotos extraordinários. Será muito bonito para os fãs que dois pilotos espanhois briguem pelo título na Espanha. É um evento histórico”, destacou.

Matematicamente, Pedrosa se despediu de suas chances de título no Japão, mas Suppo acredita que Márquez pode chegar ao título sem precisar de ajuda do companheiro.

“Como eu sempre disse, na Honda nunca teve ordens”, frisou. “Acredito que Marc mostrou que pode fazer seu caminho e conseguir o resultado por ele mesmo”, continuou.

Perguntado se a ordem não viria mesmo no caso de Márquez aparecer na quinta colocação no GP da Comunidade Valenciana atrás de Dani, o dirigente respondeu: “Seria uma corrida muito estranha”.

Questionado, então, se não poderia acontecer como em 2006, quando Pedrosa não atacou Nicky Hayden, Suppo foi claro: “Sim, sim, claro. O espírito da Honda é que não tenham ordens de equipe. Eu não estava na Honda em 2006”, completou.

Naquele ano, Hayden chegou à etapa final do Mundial com oito pontos de atraso para Valentino Rossi. O norte-americano tinha perdido a liderança do Mundial no Estoril, quando Pedrosa errou e o tirou da prova.

Na disputa em Valência, entretanto, o italiano caiu e, embora tenha voltado para a pista, ficou apenas com o 13º posto. Nicky, ao contrário, fez o que era preciso e garantiu o título ao completar a prova no terceiro posto, 2s835 à frente do então companheiro de equipe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário