quarta-feira, 5 de março de 2014

Phillip Island

Ao lado de quatro pilotos da Moto2, os times de fábrica da MotoGP concluíram a terceira e última bateria de testes da pré-temporada 2014 nesta quarta-feira (5). Depois de três dias de testes que tinham os pneus como foco principal, Jorge Lorenzo deixa Phillip Island com a melhor marca, à frente de Dani Pedrosa e Andrea Dovizioso. Valentino Rossi ficou com o quarto melhor registro da semana.

O exercício em Phillip Island foi um pedido de Bridgestone e Dunlop, que trabalham para evitar as falhas que resultaram em um tumultuado GP da Austrália em 2013.

Lorenzo e Rossi testaram um novo chassi em Phillip Island (Foto: Divulgação/MotoGP)
O bicampeão da Yamaha registrou a melhor marca em cada um dos três dias e foi um dos dois únicos pilotos que conseguiram melhorar o tempo nesta quarta, quando o circuito australiano foi atingido por uma rápida chuva.

Lorenzo registrou a marca de 1min29s068 em seu penúltimo giro, usando os pneus da corrida do ano passado. Além disso, Jorge completou uma boa simulação de corrida, sempre rodando na casa de 1min30s.

Com 1min29s381, Dani Pedrosa garantiu o segundo posto na tabela, 0s313 mais lento que Lorenzo. Por conta da chuva e das temperaturas mais baixas, o piloto da Honda esperou o início da tarde australiana para ir para a pista e completou um long-run de 14 voltas.

“No geral, foram três dias positivos”, avaliou Dani. “Hoje nós tentamos fazer outra simulação de corrida de 20 voltas com o segundo melhor pneu que tínhamos. Eu não completei isso, só consegui fazer 14 voltas, pois depois de tantos dias pilotando, tive dor no pescoço”, contou.

“De qualquer forma, falando de forma geral, foi um teste que correu bem. Nós coletamos muitas informações, não só para a Bridgestone, mas também para nós, então acho que foi positivo e agora temos que tentar descansar um pouco”, comentou. “Agora temos que continuar nossa preparação, com a primeira corrida, no Catar, no horizonte”, concluiu.

Com dor no pescoço, Pedrosa encerrou simulação de corrida mais cedo (Foto: Honda)
A terceira melhor marca na bateria australiana foi registrada por Andrea Dovizioso. O italiano completou 136 voltas ao longo dos três dias de testes e fez seu melhor registro em 1min29s387, 0s319 mais lento que o líder. O titular da Ducati se sentiu mal nesta quarta e encerrou os trabalhos nesta quarta mais cedo, completando apenas 23 giros.

“Infelizmente, não estava me sentindo 100% estes dias, mas quando consegui rodar, meu feeling com a moto foi bom e, por isso, estou bem satisfeito com este teste em Phillip Island”, opinou Andrea. “Nós continuamos o trabalho de desenvolvimento da GP14 e nesta pista, que é diferente de Sepang, nós mais uma vez conseguimos obter resultados que me deixam confiante para o futuro. Nossa pré-temporada foi bem positiva e agora eu mal posso esperar pelo início da temporada”, completou.

Líder nos últimos testes realizados em Sepang, Valentino Rossi registrou 1min29s516 como sua melhor marca ainda no segundo dia de atividades e ficou a 0s448 de Lorenzo. Com 216 voltas, foi o piloto da MotoGP que mais rodou no traçado australiano.

Rossi aproveitou a quarta-feira para completar uma simulação de 13 voltas e, assim que Jorge fez no dia anterior, testar uma nova carenagem, que é bem menor, mas com uma entrada de ar maior para lidar com a típica brisa de Phillip Island. Na prova do ano passado, Lorenzo foi para a pista com furos na carenagem da M1 para melhorar o desempenho do protótipo.

Dovizioso se mostrou satisfeito com desempenho da GP14 (Foto: Ducati)
O quinto e último tempo registrado em Phillip Island foi feito por Cal Crutchlow. O britânico, que também completou uma simulação de 18 voltas, fez o melhor de seus 166 giros em 1min29s576, 0s508 mais lento que Lorenzo.

Entre os pilotos da Moto2, foi Tito Rabat quem fez o melhor registro. Com 241 voltas completadas ao longo de três dias, o espanhol da Marc VDS estabeleceu 1min32s168 como melhor tempo, 0s530 mais rápido que Mika Kallio, que vem logo atrás.

Com 1min32s168, o espanhol de 24 anos detonou o recorde da pista australiana, inclusive registrando parciais melhores que alguns pilotos da classe rainha no segundo setor de Phillip Island nos primeiros dois dias de exercícios.

Mesmo com a boa marca, Rabat sofreu uma queda ao longo da bateria, inclusive provocando a interrupção da sessão em bandeira vermelha. Por conta do acidente, Tito sofreu algumas escoriações nas costas.

Tito Rabat detonou o recorde de Phillip Island (Foto: Marc VDS)
 “No geral, estou muito contente com o teste. Nós viemos aqui para testar pneus, mas nós também conseguimos confirmar muitas coisas na moto, assim como melhorar o acerto da suspensão, a operação do câmbio e muitas outras coisas”, disse Rabat. “Os primeiros dois dias foram bons, com o tempo de volta melhorando a cada saída, mas estou um pouco desapontado, pois uma queda durante a simulação de corrida encerrou o teste de hoje mais cedo”, seguiu.

“Hoje eu estava buscando uma volta de 1min31s, mas a queda causou tanto dano na moto que não foi possível continuar”, explicou. “Felizmente, sofri apenas escoriações, mas sinto muito pelos meus mecânicos, que agora terão muito trabalho para reconstruir a moto”, lamentou.

Jordi Torres anotou 1min32s998 e aparece na sequência, com Nico Terol completando a lista dos nove pilotos que participaram da bateria em Phillip Island.

Entre os dias 7 e 9 de março, os demais times da MotoGP voltam às pistas para três dias de testes em Losail, no Catar. Moto2 e Moto3, por sua vez, encerram a pré-temporada 2014 com uma bateria de testes em Jerez de la Frontera, na Espanha, entre 11 e 13 de março.

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