terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Mais segurança

O autódromo de Mugello, na Itália, está passando por uma série de mudanças para aumentar a segurança da pista. O trabalho no circuito de propriedade da Ferrari conta com a aprovação da FIM (Federação Internacional de Motociclismo) e da FIA (Federação Internacional de Automobilismo).

A maior intervenção será feita na última curva, a Bucine, onde a área de escape foi ampliada e remodelada, o que vai permitir uma redução mais eficaz da velocidade caso algum piloto escape da pista.

Mugello está passando por mudanças para melhorar segurança (Foto: Studio Dromo)
Além disso, nas curvas San Donato (1), Luco (2), Materassi (4), Casanova (6), Savelli (7), Arrabbiata (8), Scarperia (10) e Conrrentaio (12) a grama da área de escape foi substituída por brita, com faixas de asfalto colocadas logo no limite da pista para proporcionar maior capacidade de manobra em caso de erro.

“A segurança da pista evolui continuamente por causa da performance dos veículos”, comentou Paolo Poli, diretor-executivo do circuito. “Nossa meta é estar sempre à frente para minimizarmos os riscos residuais que o esporte a motor pode gerar”, completou.

Pista italiana registrou o menor número de acidentes no Mundial de Motovelocidade em 2014 (Foto: Studio Dromo)
Inspetor de segurança da FIM, Franco Uncini ressaltou que a mudança na Bucine era uma meta para o Mundial de Motovelocidade.

“O trabalho que está sendo feito na área de escape da Bucine é, para nós, um ‘objetivo atingido’. Este foi um pedido da MotoGP”, contou Uncine. “As mudanças nas outras áreas de escape representam uma intervenção qualificada para aumentar a segurança dos pilotos que competem nesta pista”, continuou.

“Mugello, graças à sua gestão, está sempre à frente de seu tempo em matéria de segurança, o que representa um marco e um exemplo a ser seguido por muitos circuitos”, completou.

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Trechos de grama foram substituídos por brita (Foto: Studio Dromo)
As mudanças na pista de Mugello estão sendo coordenadas por Jarno Zaffelli, da Dromo Circuit Design, o mesmo projetista da pista de Termas de Río Hondo, na Argentina.

“As mudanças que estão sendo implementadas são resultado do nosso sistema de cálculo DroCAS, que tem em mente não só as necessidades dos carros e motos de corrida, mas também os usuários do dia-a-dia”, explicou Zaffelli. “Após a análise de milhares de casos registrados em pistas de todo o mundo, este certificado sistema de cálculo permite processar a dinâmica mais provável e as intervenções estruturais relacionadas para minimizar as consequências para os pilotos e fãs”, concluiu.

Na temporada 2014, Mugello foi o circuito que menos quedas registrou, com um total de 33, contra as 109 de Misano, onde o Mundial de Motovelocidade registrou o maior número de acidentes.

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